O melhor modo te encontrares a ti mesmo é perderes-te servindo aos outros
porque quando tratamos de justificar as nossas faltas, obscurecemos ainda mais nossa própria obscuridade, numa primeira intenção defeituosa está na publicidade que procuramos dar às boas obras, para provocar a admiração dos nossos semelhantes,
afim que se podes ser melhor do que és, é evidente que ainda não és tão bom como deves e na origem das mentiras está a imagem idealizada que temos de nós próprios, a qual desejamos impor aos outros, porque acreditar em algo e não o viver é desonesto
que sentido tem corrermos quando estamos no caminho errado?
então..em cada decisão, entra em jogo a consciência que, ou impõe a verdade sobre a conduta ou é desprezada e calada. No primeiro caso, somos nós que actuamos com a nossa liberdade; no segundo é algo que está dentro de nós: os caprichos, a preguiça, o medo ao que dirão porque no fim a árdua, sem dúvida, a tarefa de nos construirmos. Tal como - noutro plano - a de enriquecer. Quando fingimos ser o que não somos, fazemos algo semelhante ao que faz aquele que assalta um banco para se tornar rico: escolhemos o caminho que prescinde da paciência e do esforço. E esse caminho não pode trazer - nem a nós nem aos outros - nada de bom. Não é autêntico.
Acontece-nos por vezes que temos objectivos que exigem de nós aquilo que ainda não somos capazes de dar. Nesses momentos, devíamos compreender, simplesmente, que aquilo não é para nós; que ainda temos de crescer; que nos falta uma determinada porção de esforço e de luta.